Prof. Dr. Ricardo Komatsu
CRM-SP 56.604
Osteoporose é um distúrbio do metabolismo ósseo caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO/BMD), com deteriorização da microarquitetura óssea e aumento da fragilidade óssea e do risco de fraturas.
A osteoporose é uma enfermidade de evolução silenciosa e a principal manifestação clínica é a fratura, sendo as mais frequentes as de vértebras (coluna), fêmur e antebraço (punho).
Em 1994 a Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) classificou a osteoporose em mulheres de etnia branca considerando valores de densitometria óssea (DEXA) tomando como referência a DMO/BMD média do pico de massa óssea em adultos jovens (escore T): até -1,0 desvio padrão (DP) = normal, -1,1 até -2,5 DP = osteopenia, abaixo de -2,5 DP = osteoporose, e abaixo de -2,5 DP na presença de fratura = osteoporose estabelecida.
Segundo o Consenso Brasileiro de Osteoporose (2002), são fatores de risco clínico para osteoporse e fraturas:
Fatores maiores:
– gênero feminino;
– baixa massa óssea (DMO/BMD);
– fratura prévia;
– etnia asiática ou caucásica;
– idade avançada em ambos os gêneros;
– história materna de fratura do colo femoral e/ou osteoporose;
– menopausa precoce não tratada (antes dos 40 anos);
– tratamento com corticóides.
Fatores menores:
– amenorréia primária ou secundária;
– hipogonadismo primário ou secundário em homens;
– perda de peso após os 25 anos ou baixo índice de massa corpórea (IMC < 19 kg/m2);
– tabagismo;
– alcoolismo;
– sedentarismo;
– tratamento com outras drogas que induzem perda de massa
óssea como a heparina, varfarina, anticonvulsivantes (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), lítio e metotrexate;
– imobilização prolongada;
– dieta pobre em cálcio;
– doenças que induzem a perda de massa óssea.
São de fundamental importância na avaliação física de pacientes com osteoporose:
– estatura;
– massa corporal;
– presença de hipercifose torácica;
– abdômen protuso;
– outras deformidades esqueléticas;
– sinais físicos de doenças associadas à osteoporose.
Existe um grande número de doenças e medicamentos associados à osteoporose e ao aumento do risco de fraturas, condições que devem ser investigadas em pacientes com osteoporose, tais como:
– hipercortisolismo (endógeno ou exógeno);
– hiperparatireoidismo primário ou secundário;
– hipertireoidismo;
– acromegalia;
– neoplasias do sistema hematopoético;
– cirrose biliar primária;
– doenças inflamatórias intestinais;
– doença celíaca;
– pós-gastrectomia;
– homocistinúria;
– hemocromatose;
– doenças reumáticas inflamatórias.
Nos homens, a presença de uma causa secundária de osteoporose é mais freqüente (30% a 60%), sendo o uso de glicocorticóide,hipogonadismo e o alcoolismo, as mais prevalentes.
Nas mulheres na pós-menopausa a presença de causas secundárias é menos freqüente, embora deva ser sempre considerada.
Bibliografia:
Pinto Neto, A.M., Soares,A., Urbanetz, A.A. et al. Consenso Brasileiro de Osteoporose 2002. Rev Bras Reumatol. 42(6)343-354, 2002.
Assessment of fracture risk and its application to screening for postmenopausal osteoporosis. WHO Technical Report Series 843, Geneva, 1994.
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Oscar Silbiger